“TODO DESEJO É UMA ESCRAVIDÃO”
Por Osho, do “Livro dos Segredos”

Ao primeiro momento você pode pensar que este pensamento é um pouco generalista, mas te convido a pensar sobre ele mais uma vez.
Você está feliz hoje? Se não, o que seria necessário para a sua felicidade? A maioria das pessoas responderia esta pergunta dizendo algo que deseja.

Acreditamos que algo é NECESSÁRIO para que sejamos mais felizes, mais bem sucedidos, mais belos… A lista é infinita. Quanto mais realizamos essas vontades (em sua grande parte através do consumo irracional), mais passamos a desejar. Uma vez li um texto que dizia que o maior desafio do homem é parar de desejar as coisas. Concordo plenamente.

Cada vez mais os aspectos negativos da sociedade de consumo afetam a nossa harmonia e equilíbrio interior. A dificuldade de distinguir o que de fato é uma necessidade daquilo que é um simples desejo afeta não apenas a nossa saúde financeira, mas também as nossas relações interpessoais e principalmente a autoestima. A busca pela aceitação social passa a ser o foco do “DESEJO” e a condição “NECESSÁRIA” de sucesso nas relações sociais e pessoais.

Você já refletiu que tipo de aceitação tem buscado? Pra qual objetivo?

Os bens que consumimos nos fazem acreditar que eles farão de nós pessoas mais felizes e bem sucedidas, quando na verdade isso é apenas ilusão. Paradoxalmente quanto mais se consome, mais as pessoas se sentem vazias, pela falta de profundidade em suas relações. O consumismo passa a ser uma forma de preencher essa “falta/carência” na vida dos seres humanos.

Proponho que pense se tudo que adquiriu nos últimos meses foi algo realmente indispensável ao seu bem estar. Será que temos consciência daquilo que de fato nos faz feliz? Poucos seriam capazes de responder a esta pergunta, pois isso exige um autoconhecimento (exercício que é sempre negligenciado por grande parte dos indivíduos). Talvez a palavra chave para estes questionamentos seja EMPODERAR-SE, ou seja, nos proporcionar momentos de ter a atenção voltada para nosso interior e nossos pensamentos mais íntimos. Precisamos nos descolonizar do mundo de “faz de conta” que a indústria de consumo nos instiga continuamente a participar e pararmos para estudar a nossa autoimagem.

Quem somos, o que queremos e pra que queremos.

Assim de fato poderemos começar um processo real de integração do nosso ser.

Pense nisso! Bom momento para refletir e começar.

Autora: Andrea Neiva